NR 33: o Que é, Qual a Importância e Quando se Aplica

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A Norma Regulamentadora 33 (NR 33) define os critérios básicos para identificação, reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos em espaços confinados, com o objetivo de garantir a segurança e saúde dos trabalhadores que atuam em atividades nesses locais. A NR 33 é importante para a prevenção de acidentes graves e fatais no ambiente de trabalho, promovendo a integridade física e a vida dos trabalhadores.

A implementação da NR 33 em espaços confinados visa prevenir acidentes fatais e lesões graves. A norma determina que as empresas identifiquem e avaliem os riscos antes de permitir o ingresso de trabalhadores nesses locais. Além disso, exige treinamentos especializados, elaboração de um plano de emergência e supervisão contínua das atividades.

Espaço confinado é definido como qualquer área ou ambiente não projetado para ocupação humana contínua, com meios limitados de entrada e saída e ventilação restrita. Exemplos de espaços confinados incluem tanques, silos, galerias de esgoto, poços, tubulações, entre outros. Esses locais apresentam altos riscos de acidentes devido à dificuldade de acesso, falta de circulação de ar e possibilidade de acúmulo de substâncias tóxicas ou inflamáveis.

No artigo de hoje falaremos sobre espaços confinados, características da NR 33, sua importância, riscos envolvendo essa atividade, e como implementar pode reduzir o número de acidentes. Continue a leitura.

O que é a NR 33?

A NR 33 é uma norma regulamentadora que define procedimentos de segurança para atividades realizadas em espaços confinados. Essa norma busca proteger a saúde e a vida dos trabalhadores que precisam entrar e atuar em locais com espaço e ventilação limitados, onde há altos riscos de acidentes, como falta de oxigênio, exposição a gases tóxicos ou risco de explosões.

Qual a importância da NR 33?

A NR 33 visa prevenir acidentes graves e fatais em ambientes que apresentam riscos elevados. Esses locais — como tanques, silos, poços e galerias — têm circulação de ar limitada e podem acumular gases tóxicos ou inflamáveis, além de dificultarem o acesso e a saída. Sem normas e procedimentos específicos, os trabalhadores estariam mais vulneráveis a perigos como asfixia, intoxicação, explosões e quedas.

A norma obriga as empresas a realizarem um levantamento de riscos, fornecerem treinamento especializado, usarem equipamentos adequados e manterem um plano de emergência, com equipes preparadas para resgates em caso de acidentes. Dessa forma, a NR 33 contribui para salvar vidas, promover a saúde dos trabalhadores e incentivar uma cultura de segurança, ao garantir que as atividades nesses ambientes sigam padrões rigorosos. Além disso, cumpri-la reduz problemas legais e custos associados a acidentes de trabalho, beneficiando tanto os trabalhadores quanto as empresas.

Como a NR 33 protege o trabalhador?

A NR 33 protege o trabalhador por meio de uma série de exigências e práticas que reduzem os riscos ao atuar em espaços confinados, garantindo que os ambientes de trabalho perigosos sejam monitorados e que os profissionais estejam preparados para atuar com segurança. As principais formas de proteção oferecidas pela norma incluem:

Identificação e avaliação de riscos

A norma exige que a empresa identifique e avalie os riscos do espaço confinado antes do início de qualquer atividade. Isso inclui o monitoramento da qualidade do ar, verificando a presença de oxigênio e a ausência de gases tóxicos ou inflamáveis, que podem colocar o trabalhador em perigo.

Treinamento específico 

A NR 33 estabelece que todos os profissionais que trabalham em espaços confinados devem ser treinados para reconhecer os riscos e saber agir de forma segura. Esse treinamento cobre procedimentos de entrada, uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), monitoramento do ambiente e ações de emergência.

Equipamentos de proteção e monitoramento 

A norma exige o uso de EPIs, como máscaras respiratórias, detectores de gases, arnês e sistemas de resgate. Além disso, a empresa deve fornecer instrumentos de medição que verifiquem constantemente a qualidade do ar, a fim de evitar condições inseguras.

Supervisão e controle 

Cada atividade em espaços confinados precisa de uma supervisão constante. Um supervisor treinado deve estar presente para monitorar as operações e interromper o trabalho se houver qualquer sinal de risco, protegendo a integridade dos trabalhadores.

Plano de emergência e resgate

A NR 33 obriga que haja um plano de resgate detalhado para situações de emergência, com uma equipe preparada para agir rapidamente caso aconteça algum incidente. Isso inclui a disposição de sistemas de comunicação e a capacitação de socorristas.

Sendo assim, a NR 33 protege o trabalhador ao garantir que todos os riscos sejam controlados, que os procedimentos de segurança sejam seguidos rigorosamente e que a equipe esteja treinada para prevenir e responder a qualquer incidente, reduzindo assim as chances de acidentes graves e promovendo um ambiente de trabalho seguro e controlado.

O que é um espaço confinado?

Espaços confinados são áreas fechadas ou parcialmente fechadas, que não foram projetadas para serem ocupadas de forma contínua, como tanques, silos, tubulações e poços. Esses lugares são conhecidos por serem difíceis de acessar e podem acumular substâncias perigosas. 

A NR 33 estabelece que as empresas devem avaliar os riscos desses locais, fornecer treinamento específico aos trabalhadores, monitorar a qualidade do ar e manter um plano de resgate e emergência sempre disponível. Assim, a NR 33 garante que todos os procedimentos necessários sejam seguidos, minimizando os perigos para os profissionais e aumentando a segurança no trabalho.

Quais os principais riscos em espaços confinados?

O trabalho em espaços confinados pode causar sérios acidentes, como asfixia, intoxicação, lesões graves e até mortes. Por essa razão, a NR 33 exige que esses ambientes sejam rigorosamente controlados e monitorados, com medidas de segurança específicas para minimizar os perigos para os trabalhadores. A seguir listamos os riscos mais comuns:

Asfixia 

O risco de asfixia é alto em espaços confinados devido à ventilação limitada. A falta de oxigênio ocorre quando o ar não é renovado adequadamente ou é consumido por reações químicas ou combustão, dificultando a respiração dos trabalhadores.

Intoxicação por gases tóxicos 

Substâncias como monóxido de carbono, sulfeto de hidrogênio, metano e outros gases podem estar presentes ou se acumular em espaços confinados, levando à intoxicação. Esses gases podem ser liberados por atividades industriais, degradação de materiais orgânicos ou vazamentos.

Explosões e incêndios 

A presença de gases ou vapores inflamáveis aumenta o risco de explosão e incêndio, especialmente em locais onde há pouca ventilação. Uma pequena faísca pode desencadear uma explosão em um ambiente com gás inflamável acumulado.

Quedas e escorregões 

Espaços confinados frequentemente possuem acessos limitados, pisos escorregadios ou irregulares e áreas apertadas, aumentando as chances de quedas ou escorregões. A falta de visibilidade e de espaço para se movimentar também intensificam esse risco.

Inundação ou aprisionamento por materiais 

Em espaços confinados como tanques ou tubulações, há o risco de inundação súbita, devido a vazamentos ou falhas no sistema, ou a imobilização por materiais, como grãos em silos, que podem soterrar o trabalhador.

Ruído e temperatura extrema 

Certos espaços confinados, como caldeiras ou dutos industriais, podem apresentar temperaturas elevadas e níveis de ruído que representam risco à saúde e segurança. A exposição prolongada a esses fatores pode causar problemas auditivos e doenças térmicas.

Conclusão

Como vimos, a NR 33 procura garantir a segurança dos trabalhadores que realizam atividades em espaços confinados, ambientes conhecidos por oferecerem riscos elevados, como asfixia, intoxicação por gases tóxicos, explosões, quedas e aprisionamento. Esses locais apresentam características que dificultam o acesso, têm ventilação restrita e podem acumular substâncias perigosas, o que torna necessária a aplicação de medidas rigorosas de segurança.

A NR 33 atua protegendo os trabalhadores ao estabelecer diretrizes para identificação e controle dos riscos, exigindo treinamento especializado, uso de equipamentos de proteção adequados e a supervisão constante das atividades nesses espaços. Além disso, a norma determina que as empresas implementem um plano de emergência, assegurando que uma equipe capacitada esteja pronta para agir em situações de risco, aumentando as chances de resgate bem-sucedido.

Assim, o cumprimento da NR 33 ajuda a preservar a integridade física e a saúde dos profissionais, além de contribuir para uma cultura organizacional voltada para a segurança no trabalho. A adoção de práticas de segurança de acordo com essa norma não apenas reduz o número de acidentes e fatalidades, mas também fortalece a responsabilidade social das empresas.

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